Com cheirinho de brechó

Depois de uma longa e involuntária ausência, estou de volta ao blog...


Se tem uma coisa que eu amo é brechó...nem estou falando de antiquário não...é brechó mesmo. E pode ser daqueles bagunçados, cheios de cacarecos, daqueles que vendem de tudo...Não posso entrar sem imediatamente fazer uma viagem espiritual. Minha alma sai do corpo e percorre distâncias em tempos e espaços os mais diversos...

Voltando ao planeta, hoje quero começar uma semana voltada ao estilo brechó de ser...que por incrível que pareça é um dos mais usados pelos descolados e modernos de plantão, com nomes mais sofisticados, que vão do kitsch ao vintage.

Algumas décadas do nosso saudoso (será saudoso mesmo ?) século XX tiveram estilos tão marcantes que revolucionaram por completo o design no mundo, porém essas mudanças radicais acabaram se tornando um pouco tóxicas ou enjoativas, se quisermos ser mais delicadas...Esses estilos, acabaram desprezados, quase banidos, e coitados, foram expulsos para os brechós, de onde anos depois acabaram sendo resgatados, fisica ou espiritualmente, já que vários designers sofreram grande influência das cores e formas dos anos 50 e 60.

Vamos viajar no tempo e quem viveu vai lembrar e quem não viveu pode curtir também.

As cores fortes e as estampas florais, tudo faz lembrar o começo dos anos 70, onde a praticidade dos modulados se unia às cores do movimento hippie.

Aqui a vibração é dos anos 50. As pernas finas de mesas e cadeiras eram chamadas de pés-palito, os móveis das salas deixaram de ser de madeira maciça e receberam camadas de fórmica para um acabamento que facilitava a limpeza, os estofados revestidos de napa. Chegou a hora do sintético invadir a decoração. O mundo mudava de velocidade e valor.



Isso de almofadão no chão, herança oriental, entra em nossas casas pela porta da frente nos anos 70.



Cores e formas, borboletas e abstrações. Mistura de estilos que deu certo.

O imenso spot se transforma em abajour, a mala em mesa de centro. Brechó multifuncional.

Divinas almofadas e o relógio de parede, mais vintage impossível !

Hare Krisnha ! Laranja e verde, formas orientais e viajamos direto pros anos 70.